terça-feira, 7 de abril de 2009

HISTÓRIA DO BAIRRO DE VALERIA


O bairro de Valéria teve sua origem a partir do desmatamento de três fazendas existentes na área onde hoje esta localizado o bairro, pertencentes as famílias tradicionais: Schindller, Temporal e Omaque, dando origem a loteamentos e invasões.

O primeiro loteamento oficial do bairro do o Temporal. Outros loteamentos invasões surgiram sem estrutura, sendo o mais recente o da fazenda Omaque, originando a localidade da Boca da Mata. Onde hoje temos a localidade de Nova Brasília, as terras eram propriedade do CIA-Centro Industrial de Aratu. Concluímos que o bairro é composto de conglomerados de loteamentos, destacando-se como os mais importantes: Derba, Boca da Mata, Nova Brasília e Lagoa da Paixão.

Ate meados do ano de 1963, o bairro fazia parte do municipio de Lauro de Freitas, sendo a administração desse município responsável pela construção da AR-Administração Regional, hoje AR­XV, que incorpora os bairros de Valeria, Pirajá e Marechal Rondon. Essas informações justificam a não inclusão do bairro de Valeria em mapas da cidade de Salvador ate o ano de 1991.

Carente de saneamento básico em quase sua totalidade, o bairro vem carregando esse "fardo" ao longo de sua história, acrescido das deficiências nas áreas: educacional e de saúde.

Localização: Está situado à margem esquerda da rodovia BR-324, que liga a capital à cidade de Feira de Santana e a cerca de 23 quilômetros do centro da metrópole.

Curiosidade: A origem do nome "Valeria" deve-se ao fato de uma das filhas dos fazendeiros ter esse nome.

HISTORIA DO BAIRRO DA PAZ



O Bairro da Paz adotou como data de fundação o dia 23 de abril de 1982. Pessoas de baixa renda ocuparam irregularmente um terreno que pertencia à Prefeitura Municipal. A repressão sofrida não surtiu efeito, de forma que a população sempre voltava e reconstruía os barracos. A gravidade dos conflitos entre eles e as autoridades foi aumentando e o caso ganhou destaque na imprensa baiana. Como, na época, a Argentina e a Inglaterra guerreavam pela ilha das Malvinas, assim ficou conhecida a localidade. Enquanto isso, a Prefeitura usava de força policial e demolia os barracos, que a comunidade insistia em reconstruir. Como a ação não surtia efeito, a Prefeitura cedeu e passou a negociar com os moradores, até que conseguiu transferi-los para uma área em Coutos, a Malvinas de Coutos. Naturalmente, depois de perceber que foram ludibriados e que o local não correspondia com o da ocupação inicial por ser um local de difícil acesso, a maioria dos moradores saiu de lá e voltou a ocupar a mesma área de antes, em 1986. Mais uma vez houve o uso da força policial e derrubadas, mas o Governo de Waldir Pires interveio para que o conflito cessasse, enfim. Os moradores foram cadastrados e foi elaborado um projeto para o Bairro, que não chegou a concretizar-se. Com o término das derrubadas, o bairro estabilizou-se teve seu maior crescimento. De acordo com o IBGE, em 1991, havia 11.241 habitantes, em 1996, esse número pulou para 40 mil e, hoje, há cerca de 65 mil habitantes no bairro. Ou seja: nos dez anos seguintes a re-ocupação, o número de moradores aumentou em mais de 300%, enquanto, de 96 para hoje, o aumento foi de 62,5 %. Em 1996, o bairro foi ligado ao abastecimento de água potável pela Embasa, nessa época, lá já havia luz elétrica. O título de posse foi entregue a moradores no segundo mandato da Prefeitura de Imbassaí. Devido à sua história de árdua ocupação, o Bairro da Paz tem uma comunidade forte e uma das associações de moradores mais ativas da cidade. A construção de cada equipamento do bairro foi conseguida pressionando as autoridades, através da presença de manifestantes na Câmara Municipal até barricadas na Paralela. Hoje há cooperativas, grupos culturais diversos, escolas e pequenos cursos que pululam no bairro.
Amigos do Irmão Cicero Damião